Novo presidente pode assumir a Petrobrás na próxima semana
09 abril 2021
Indicado por Jair Bolsonaro para a presidência da Petrobras, o general da reserva, Joaquim Silva e Luna, deve assumir o cargo na próxima semana. A expectativa é que, na segunda-feira (12), o militar seja eleito conselheiro de administração da empresa – pré-requisito para que ele seja efetivado presidente da petroleira. Enquanto isso, Silva e Luna mantém os trabalhos de transição junto à atual administração. Nesta sexta-feira, estão previstas reuniões com indicados para as vagas abertas na diretoria.
Após a eleição, em assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas, Silva e Luna passará em seguida pelo crivo do conselho – encerrando, assim, quase dois meses de trâmites de um turbulento processo de sucessão que começou no dia 19 de fevereiro, quando o governo indicou o nome do então diretor-geral de Itaipu Binacional para comandar a petroleira, no lugar de Roberto Castello Branco.
Embora ainda não haja uma data definida para a reunião de conselho que apreciará a indicação de Silva e Luna para a presidência da companhia, a expectativa, segundo pessoas envolvidas no processo, é de que o encontro ocorra nos dias seguintes à AGE.
Segundo duas fontes, Silva e Luna já tem feito algumas reuniões de transição com a atual gestão da estatal, desde que seu currículo passou pelo aval, no dia 17 de março, pelo Comitê de Pessoas – órgão estatutário, vinculado ao conselho de administração e que checa a conformidade do processo de indicação de executivos da estatal.
Desde então, o militar tem buscado se inteirar sobre as diferentes áreas de negócio da petroleira. Ele chegou a se reunir, no Rio de Janeiro, com os atuais diretores da companhia e com profissionais indicados para as vagas abertas no alto escalão.
Quatro dos oito atuais membros da diretoria declinaram do convite de Silva e Luna para que continuassem nos cargos e, assim, como Castello Branco, sairão quando a nova gestão assumir. São eles: André Chiarini (comercialização e logística); Andrea de Almeida (finanças); Carlos Alberto Pereira de Oliveira (exploração e produção); e Rudimar Lorenzatto (desenvolvimento da produção). Marcelo Zenkner (governança e conformidade) também sairá. Ele, contudo, já havia manifestado a intenção de não renovar o mandato antes mesmo da indicação de Silva e Luna para presidir a estatal.
Para as vagas abertas na diretoria, foram indicados ao general profissionais da casa, com experiências nas gerências-executivas – posto hierárquico imediatamente abaixo das diretorias. Segundo a fonte, porém, o militar ainda não bateu o martelo sobre a composição do novo time de executivos da Petrobras. Para ler esta notícia, clique aqui.